Faturamento da indústria de máquinas cresce 7,1% em julho
Os dados são da Abimaq, que estima o crescimento anual do setor para a casa de 18% a 20%
Agricultura

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos faturou R$
17 bilhões em julho, um crescimento de 7,1% em comparação com o mesmo mês do
ano passado. Os dados foram anunciados pela Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e divulgados pela Agência Brasil.
Nos últimos 12 meses, as vendas do setor acumulam R$ 202,3
bilhões, alta de 27%. De janeiro a julho, a receita teve crescimento de 34,3%
na comparação com igual período de 2020. O faturamento da indústria de
equipamentos nos primeiros sete meses do ano alcançou mais de R$ 118,5 bilhões.
A Abimaq segue com uma estimativa de crescimento anual de 18% a 20%.
Em relação ao emprego, julho registrou o décimo terceiro
crescimento consecutivo no número de pessoas ocupadas no setor. Estão
empregadas 363 mil pessoas diretamente. Na comparação com julho do ano passado,
foram criados 62,5 mil postos. Houve mais contratações nos setores de
fabricantes de máquinas e implementos agrícolas e de máquinas para a indústria
de transformação.
No mês de junho, o faturamento da indústria brasileira de
máquinas e equipamentos cresceu 45,4% em relação com o mesmo mês do ano
passado. Esse alto crescimento é justificado porque a base de comparação em
2020 é baixa, tendo em vista as medidas sanitárias e de isolamento exigidas
para controle da pandemia de covid-19.
Na comparação com junho de 2021, a variação de julho foi
negativa, com queda de 4,3%. Segundo a Abimaq, era esperado que os dados de
julho tivessem menor crescimento na relação interanual. Isso ocorre porque
julho de 2020 foi marcado pelo início da recuperação das vendas após o
estabelecimento das medidas sanitárias para conter a pandemia da covid-19.
“Como a base do ano passado no segundo semestre é mais alta
do que a base do primeiro semestre do ano passado, a tendência de crescimento,
que hoje está em 27% em 12 meses, é diminuir um pouco para 20%, mas não que a
gente venda menos. A gente vai crescer menos”, explicou José Velloso,
presidente da Abimaq. A alta em julho foi puxada pelos setores ligados ao
agronegócio e bens de consumo.