Agrocomputação abre novas perspectivas profissionais
Curso lançado no Mato Grosso prepara quem quer mergulhar no mundo do Big Data John Deere Journal
Inovação

As parcerias da área de Treinamento com instituições de
ensino são antigas e sempre muito bem-vindas na John Deere. Dessas iniciativas
nascem novos talentos, pessoas transformam suas vidas a partir do
aperfeiçoamento profissional e o setor do agronegócio como um todo agradece.
Afinal, quanto mais madura estiver essa cadeia produtiva melhor será para a
indústria em geral.
Um bom exemplo acontece no Mato Grosso. Estimulada pelo
presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, a Fatec Senai MT lançou o
curso de graduação em Agrocomputação, na cidade de Rondonópolis. Especialistas
garantem que o volume de dados gerados na internet atinge a inimaginável marca
de 2,5 quintilhões de bytes diariamente (para se ter ideia, seriam precisos
cerca de 550 milhões de DVDs para gravar esses dados num só dia). São
informações que não param de chegar às empresas por diversos canais e que se
tornam ferramentas poderosas para impulsionar estratégias de crescimento e
tomadas de decisões.
BIG DATA
Na era do Big Data, esses dados geram informação e,
consequentemente, valor. Mas há um entrave importante nesse cenário: faltam
profissionais capazes de decifrar os meandros desse ecossistema digital. No
agronegócio, a situação é exatamente igual a de qualquer outro setor.
Com duração de três anos, a primeira turma do curso de
Agrocomputação teve início com 36 alunos. “A John Deere foi um grande parceiro
e provocador, por meio do seu presidente, para a construção da matriz do curso
e na busca por outros parceiros. Percebemos a motivação e o interesse da John
Deere em desenvolver esse tipo de profissional, não só para atender as suas
necessidades, mas também do setor como um todo”, afirma Rubens de Oliveira,
diretor acadêmico da Fatec Senai MT.
ANÁLISE DE DADOS
Depois de formado, esse tecnólogo estará apto a atuar em
áreas focadas na solução de problemas do campo e da indústria, principalmente
no que se refere à análise de dados, inteligência artificial, instrumentação,
tratamento das informações e subsídios para tomada de decisões.
“A ideia é desenvolver talentos para fazer análise de dados
para a agricultura. Com o Big Data torna-se necessário contar com alguém capaz
de interpretar esses dados e essa formação profissional precisa começar
imediatamente”, diz Marcelo Lopes, gerente de Desenvolvimento de
Concessionários e Treinamento da John Deere.
Como a demanda envolve toda a cadeia do agronegócio, quatro
concessionários da John Deere em Mato Grosso – Áster Máquinas, Agro Baggio,
Primavera Máquinas e Iguaçu Máquinas – também se engajaram na causa, apoiando a
iniciativa e oferecendo bolsa de estudos.
“O Senai desenhou o curso em cima das necessidades da
iniciativa privada, foi muito focado na realidade do mercado. Todo o setor
precisa desses profissionais e a John Deere apoia o desenvolvimento dessa
mão-de-obra”, continua Lopes.
DE CASA PARA A ESCOLA
Pai e filho dividindo a sala de aula não é algo muito comum,
mas essa nova realidade tem sido bem tranquila para o jovem Guilherme Augusto
Riegel, de 18 anos. Assim como ele, o pai César Augusto foi impactado por um
post sobre o curso de Agrocomputação do Senai em uma rede social e ficou
interessado. Com 45 anos, César trabalha na área de tecnologia há bastante
tempo e atualmente faz a gestão de sistemas de uma empresa de Rondonópolis.
Guilherme, por sua vez, já estava cursando o primeiro
semestre de Engenharia da Computação em outra instituição de ensino quando
resolveu mudar o rumo. “Fomos ao evento de lançamento do curso de
Agrocomputação e fiquei admirado com o que vi. Um curso de ponta, onde eu
poderia ter a formação tecnológica que buscava, mas atrelada ao agronegócio.
Percebi que estava no lugar certo, na hora certa e no curso certo”, diz
animado.
O fato de dividir a sala de aula com o pai estreita ainda
mais os laços entre eles. “Dizem que todo pai é coruja e o meu leva isso muito
a sério. Mas, na sala de aula, nos tratamos como colegas. Ele é minha
inspiração e meu maior incentivador porque trabalha na área de tecnologia há
muito tempo, não se cansa de estudar e está sempre em busca do algo a mais.
Espero ter herdado estas características dele”, afirma Guilherme.
MAIS EXEMPLOS
Há diversos bons exemplos de parcerias de sucesso entre a
John Deere e instituições de ensino em vários Estados brasileiros. Em dezembro
de 2018, por exemplo, a John Deere se uniu ao Senai do Mato Grosso para
fornecer qualificação técnica a mecânicos de máquinas agrícolas do Estado. Mas
essa história a gente conta em outro capítulo.