Tecnologia no cultivo de sementes
Beto Bertagnolli, sócio da Sementes Butiá fala sobre a importância dos equipamentos inteligentes no campo
Soluções John Deere
A Sementes Butiá tem mais de 70 anos de história. Começou em
1950, com o patriarca da família, Pedro Bertagnolli, e hoje atua na produção
agrícola de sementes básicas e pesquisas relacionadas a novas linhagens e
técnicas. Investe nos processos de aprimoramento para a produção, adequando a
Unidade de Beneficiamento ao manejo feito no campo desde 1974.
Com DNA inovador, sempre apoiou pesquisas e melhoramento
genético a fim de contribuir para o máximo rendimento em produção de sementes
no Brasil.
Não por acaso, trabalha para oferecer aos agricultores o que
há de mais avançado no cultivo de soja e trigo. Para isso, conta com parceiros
fortes e equipamentos de ponta, como a colheitadeira da Série S700, da John
Deere, que oferece muitas tecnologias embarcadas e soluções em agricultura de
precisão.
Nesta entrevista, Beto Bertagnolli, sócio da Sementes Butiá,
fala sobre e trabalho desenvolvido em sua sede, no interior do município de
Coxilha, na região de Passo Fundo, Rio Grande do Sul.
Conecta: Como funciona o trabalho desenvolvido na Sementes
Butiá?
Beto Bertagnolli: A Sementes Butiá trabalha com sementes
básicas de trigo e usamos milho nas rotações. Temos bem específico o nosso
inverno, no qual a metade da área, por causa da rotação, fica com trigo, e a
outra metade com cobertura para depois entrar com a soja.
Conecta: Quais são os principais desafios encontrados
durante a colheita?
Beto Bertagnolli: Para nós, que não temos uma definição
clara de quando chove na nossa região em nem por quantos dias, o mais
importante é a umidade na colheita. Temos que ser muito ágeis nessa hora,
porque, como a gente trabalha com semente e esse momento da colheita é mais
importante para nós, pensamos e repensamos muitas ações para poder tirar o
melhor material possível da lavoura. Assim, conseguimos fazer uma bela de uma
semente, garantindo um excelente material.
Conecta: Falando sobre sua frota, quais colheitadeiras a
Semente Butiá possui?
Beto Bertagnolli: Hoje, temos uma 9570, duas S660, uma S670
e também uma S760, essa com tecnologia mais propícia para a nossa região. Todas
John Deere.
Conecta: A S760 conta com um sistema de automação, o Combine
Advisor™ (com duas câmeras digitais nos elevadores de grãos limpos e de
retrilha, o sistema capta imagens para análise de impurezas e grãos quebrados e
ajusta automaticamente as regulagens para manter a performance). Poderia nos
falar de sua experiência com essa tecnologia?
Beto Bertagnolli: É uma máquina inteligente, ideal para o nosso
momento de colheita. Ela te dá a resposta de acordo com o que você precisa. Quebra
de grão na soja é um exemplo. É possível regular para quebrar 1%, ou meio por
cento ou para não ter quebra, e ela vai te informando a cada 3 a 5 segundos, em
uma foto, como está o grão, se tem impureza, dano mecânico, muito material
quebrado ou muita sujeira. Através de uma tela, é possível regular ou melhorar
a regulagem. Em função do declive, nós não temos uma lavoura extremamente
perfeita. E é nesse ponto que a S760 se torna mais importante para nós. Se
pegar o material úmido, ela se organiza internamente, ou seja, coloca mais ar.
Ela diminui o côncavo, aumenta a rotação. Tudo isso para o teu grão estar
sempre limpo. Ou seja, se você pegar uma palhada diferente, um material
diferente de seco para úmido ou úmido para seco, ela automaticamente se regula.
Por isso que é uma máquina diferenciada e extremamente inteligente. O teu
operador precisa apenas dar o comando de acordo com a regulagem, seja para
botar menos grão fora ou para tirar o material mais limpo. Para concluir, essa
colheitadeira é extremamente importante hoje para quem quer ter uma porcentagem
melhor de qualidade de grão e menos impurezas dentro de seu armazém.
Conecta: Em termos de produtividade, essa característica
inteligente da colheitadeira da Série S faz diferença?
Beto Bertagnolli: O maior ganho está no fato de a máquina se
autorregular. Em uma ladeira pendente para a esquerda ou para a direita, ela
vai automaticamente ver quanto está botando fora ou se tem muita palha. Nós já
mensuramos. Com a colheitadeira S760, a perda fica entre 0.6 e 0.9 sacas por
hectare. Com menor perda, obtivemos um ganho de 1,2 a 1,5 sacas por hectare.
Desta forma, no final do ciclo, ela te deixa com uma boa rentabilidade. Como os
números apontam, essa tecnologia traz dinheiro para o agricultor.
Conecta: Qual dica
principal o senhor daria para os demais agricultores quanto ao uso do Combine
Advisor™ nas colheitadeiras?
Beto Bertagnolli: No mínimo, deveriam experimentar e fazer
uma comparação com as suas máquinas atuais. Porque vale a pena. Como produtor
de sementes, digo que terão uma vantagem muito grande. Para não se incomodar
com perdas e produtos sem uniformidade, é uma grande vantagem ter essa máquina.
Conecta: É sempre muito bom acompanhar a satisfação de
clientes John Deere e queremos agradecer por compartilhar sua experiência com a
tecnologia Combine Advisor™ durante essa importante etapa da colheita.
Beto Bertagnolli: Nós, da Sementes Butiá, é que agradecemos
por termos uma máquina desse nível dentro da nossa casa. O futuro diz que vamos
seguir para esse lado, com a tecnologia ajudando a todos, pois sem tecnologia,
hoje, o campo não anda.